[Fanfic] Do outro lado do espelho

Sinopse: Nee Axel, você acha que se nos fosse permitido, nós teríamos outra chance?
Porque... Eu não quero que acabe assim.

Aviso: U.A., Semi U.A. dentro do 358/2, é importante que você conheça pelo menos a Xion.

Nee Axel, você acha que se nos fosse permitido, nós teríamos outra chance?
Porque... Eu não quero que acabe assim.

Capítulo I


Renascer.

“Agora daremos inicio às provas, por favor, fiquem somente com o material necessário sobre a mesa, todo o resto deverá ficar guardado na mochila. Passem as provas para o lado, isso é tudo”.

Xion abriu os olhos de repente, e olhou assustada para o ambiente. Aquele imenso salão repleto de fileiras de bancos de madeira, onde algumas pessoas os ocupavam de forma aleatória.

“Onde eu estou?” Ela sussurrou. “Não!” Ela gritou de repente chamando atenção dos de mais alunos e coordenadores.

“Ei você! Não pode fazer barulho durante a prova, senão se comportar seremos obrigados a retirá-la do lo--” Antes que pudesse terminar, Xion se levantou e saiu correndo de lá, empurrando a porta de qualquer jeito.

“Que lugar é esse?” Ela perguntou assustada, encolhendo-se. Ignorando o olhar curioso de alunos e pessoas que estavam de passagem pelo extenso corredor.

“Oe, você está bem?”

“Roxas!?” Ela gritou assustando o garoto que quase caiu pra trás ao ser abraçado. “Então eu não estou perdida! Onde você esteve? Eu senti tanto a sua falta! Depois do que aconteceu eu--” E então ela foi sutilmente afastada.

“Me desculpe, mas o nome é Sora”. Ele sorriu apontando para si mesmo.

“Sora...” Ela repetiu. “Ah! Sora, você, você é a verdadeira forma do Roxas!”.

“Eu não sei quem é Roxas, mas... acho que cada um tem a sua própria identidade”. Ele tentou buscar algum sentido nas palavras confusas da menina.

“Nee Sora, em que mundo nós estamos?”

“Er... No planeta Terra?”

“Que mundo é esse?”

Sora começou a rir, mas ao perceber que a expressão da menina tornara-se apenas mais confusa ele parou.

“Você não pode estar falando sério”.

“Eu vim de World That Never Was”. Ela respondeu séria.

“Isso não é um planeta”. Ele disse mais para si mesmo do que para ela.

“É um mundo”.

“Tipo um mundo paralelo?” Sora estreitou os olhos, não sabendo por que continuava a dar conversa para aquela louca.

“É isso!” Ela gritou novamente. “Eu estou num mundo paralelo, por isso, tudo é tão diferente do que eu estou acostumada e por isso, eu não estou usando o uniforme”. Ela sorriu radiante.

“Acho que você não está usando um uniforme, porque não está mais no colegial”. Sora murmurou.

“O que disse?” Ela perguntou ao perceber que havia parado de prestar atenção no garoto.

“N-nada. De qualquer forma, qual o seu nome?”

“Xion”.

“Ei você”. Um homem com uma expressão de poucos amigos se aproximou e empurrou uma mochila nos braços de Xion. “Você esqueceu seu material na sala. E agora parem de conversar aqui na porta, da pra ouvir vocês dois do outro lado da rua!”.

Sora abriu um sorriso sem graça e puxou Xion pelo braço, os dois desceram vários lances de escadas até irem para um extenso pátio, com um belíssimo gramado e rosas muito bem cuidadas.

“Esse lugar é lindo”. Xion largou a mochila no chão e se aproximou do canteiro.

“É apenas o campus da faculdade”. Sora deu um sorriso afetado. “Mas é bonito mesmo”.

“Faculdade?” Ela virou-se, voltando a fitá-lo.

“Você bateu com a cabeça? Não é possível que você tenha esquecido de tanta coisa assim”. Sora disse preocupado.

“Não... Quando me dei conta, eu estava aqui, naquela sala”. Ela encolheu os ombros.

“N-não chore, nós vamos descobrir o que está acontecendo!” Sora sentou no gramado e abriu a mochila dela. “Isso aqui são as suas coisas, ne? A gente pode descobrir algo sobre você”.

Xion sentou-se na frente de Sora, enquanto ele retirava todos os pertences dela e os espalhava. Mas não era nada além do que uma garota carregaria, enquanto Xion mexia nas maquiagens;

“Eu não lembro de vir com uma mochila...”

“Achei.” Sora puxou uma pequena carteira. “Muito bem, você se chama mesmo Xion”.

“Eu não lembro de estar confusa sobre o meu nome”. Ela fez uma careta.

“Aparentemente você mora em um dos dormitórios, você só precisa ir para o seu quarto e procurar por informações e se possível ir na ala médica fazer um exame, porque talvez você tenha batido com a cabeça”.

“Eu não bati com a cabeça!” Ela gritou recolhendo os pertences e os jogando de qualquer jeito na bolsa. “E eu não sou desse mundo, eu só preciso entender como eu vim parar aqui e procurar pelo Axel, já que... se você é o verdadeiro “eu” do Roxas, eu provavelmente não vou achá-lo”.

Antes que Sora pudesse rebater algum daqueles argumentos sem sentido, Xion se levantou e saiu correndo pelo campus.

“Ah, isso foi estranho”. Ele coçou a cabeça e permaneceu ali sentado.

“O que foi estranho?”

“Kairi”. Ele virou o rosto com um largo sorriso.

“Por que você está aqui sentado? Achei que tinha ido pegar um livro”.

“Ah”. Ele bateu com a mão na testa. “Eu esqueci”.

“Isso não é típico de você”. Ela sentou ao lado dele. “Está se sentindo mal?”

“Kairi, você acha que alienígenas existem?”

“O que? Não, acho que não...”.

“Não estou falando dos seres verdes com olhos gigantes, mas... sei lá, outros mundos, por exemplo”.

Kairi ficou algum tempo olhando para Sora, ele parecia de alguma forma pálido, mas isso não explicaria as perguntas estranhas.

“Acho que sim, não sei por que temos que acreditar que somos únicos, o universo é muito vasto, podem existir outros mundos por aí”.

“E se uma pessoa de outro mundo viesse para esse?”. Ele perguntou com a voz cansada.

“Talvez as coisas sejam um pouco diferentes, talvez esse mundo não seja evoluído o bastante, ou talvez esteja muito atrasado, eu não sei, por quê?”

“Acho que eu encontrei com um alienígena”. Sora disse descansando a cabeça no ombro de Kairi que sorriu levemente com o gesto.

“E como ele se parecia?”

“Ela me lembrava um pouco você...”


Continua.